terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O homem pode mudar?


OLHEMOS as condições predominantes no mundo e observemos o que nele está acontecendo - motins estudantis, preconceitos de classe, conflito entre pretos e brancos, guerras, confusão política, divisões causadas pelas nacionalidades e as religiões. Também conflito, luta, ansiedade, solidão, desespero, falta de amor, medo. Porque aceitamos tudo isso? Porque aceitamos o ambiente moral e social, sabendo muito bem que ele é de todo em todo imoral; sabendo disso, percebendo-o por nós mesmos (não apenas emocional ou sentimentalmente, porém observando o mundo e a nós mesmos), porque é que vivemos dessa maneira? Porque é que o nosso sistema educativo não produz verdadeiros entes humanos, mas apenas entidades mecânicas, educadas para aceitar certas ocupações e, por fim, morrer? A educação, a ciência e a religião não resolveram de modo nenhum os nossos problemas.

Vendo toda essa confusão, porque é que cada um de nós a aceita e com ela se conforma, em vez de despedaçar todo esse processo dentro de nós mesmos? Penso que devemos fazer esta pergunta, não intelectualmente, nem com o fim de achar um certo deus, uma certa "realização", uma certa e peculiar felicidade - pois isso conduz, inevitavelmente, a fugas de toda espécie; olhar tranqüilamente, com firmeza, sem nenhum julgamento e avaliação. Nós, adultos, devemos perguntar porque seguimos essa maneira de vida - viver, lutar e morrer. E quando fazemos a sério uma tal pergunta, com plena intenção de compreender, não têm nenhum cabimento as filosofias, as teorias, as idéias especulativas. O importante não é o que "deveria" ou "poderia" ser, ou que princípio devemos seguir, que espécie de ideais nutrir, ou que religião ou guru adotar. Todas as respostas são evidentemente sem significação, enquanto estamos em presença dessa confusão, da aflição e do constante conflito em que vivemos. Fizemos da vida um campo de batalha: cada família, cada grupo, cada nação contra as demais. Percebendo bem isso, não como idéia, porém como coisa que se está realmente observando, coisa que está à nossa frente, perguntamos a nós mesmos que sentido pode ter esse estado de coisas. Porque continuarmos a viver dessa maneira, nem vivendo nem amando, cheios de medo, cercado de terrores até à morte?

Se formulardes essa pergunta, que fareis? Ela não pode ser respondida pelos que se acham bem estabilizados em seus ideais familiais, suas casas confortáveis, seu dinheirinho, vivendo como pessoas altamente respeitáveis, burguesamente. Quando fazem perguntas, tais pessoas as traduzem em conformidade com suas necessidades individuais de satisfação. Mas, sendo este um problema muito humano, muito comum, um problema que toca a cada um de nós, ricos e pobres, jovens e velhos - porque é que vivemos esta vida tão monótona e sem significação - freqüentando um escritório ou trabalhando num laboratório ou fábrica por quarenta anos seguidos, gerando filhos educando-os de maneira absurda e, no fim, morrendo? Acho que deveis fazer esta pergunta com todo o vosso ser, a fim de descobrirdes a resposta. E então se pode fazer a pergunta subseqüente: se os entes humanos podem mesmo mudar radicalmente, fundamentalmente, e, assim, olhar o mundo de maneira nova, com olhos diferentes, com um coração novo, não mais repleto de ódio, de antagonismo, de preconceitos raciais; com uma mente perfeitamente clara, dotada de tremenda energia.

Vendo-se tudo isso - as guerras, as absurdas divisões criadas pelas religiões, a separação entre o indivíduo e a comunidade, a família oposta ao resto do mundo, cada (ente humano apegado a seu peculiar ideal, separando-se como "eu" e "vós", "nós" e "eles" - vendo-se tudo isso, tanto objetiva como psicologicamente, resta uma única questão, um único problema fundamental, ou seja se a mente humana, tão fortemente condicionada que está, pode mudar não em alguma encarnação futura, não no fim da vida, porem mudar radicalmente agora mesmo, de modo que se torne nova, revigorada, juvenil, inocente, livre de todas as cargas, e saibamos, assim, o que significa amar e viver em paz. Este me parece ser o único problema. Resolvido ele, todos os outros problemas, econômicos ou sociais, todos os fatores que conduzem à guerra, terminarão e haverá uma diferente estrutura social.

Nossa questão, por conseguinte, é esta, se a mente, o cérebro e o coração são capazes de viver como se fosse pela primeira vez, incontaminados, puros inocentes, sabendo o que significa viver feliz, estaticamente, com profundo amor. Deveis saber que é perigoso ouvir perguntas retóricas; mas esta não é uma pergunta retórica, absolutamente, pois trata-se de nossa vida. Não nos interessam palavras nem idéias. Quase todos nós vivemos enredados em palavras, sem jamais percebermos realmente que a palavra nunca é a coisa, a descrição nunca a coisa descrita. E se, nestas reuniões, tratássemos de compreender este profundo problema, ou seja o quanto a mente humana - incluindo, como de fato inclui, o cérebro, a inteligência e o coração - foi condicionada durante séculos pela propaganda, pelo medo e outras influências, poderíamos então perguntar se a mente pode sofrer uma transformação radical, de modo que, em todo o mundo, os homens vivam em paz, com grande amor e êxtase, e a "realização" do Imensurável.

Nosso problema é este, se a mente, que está tão carregada de memórias e tradições, pode, sem esforço, sem luta ou conflito, acender, dentro de si mesma, a chama da transformação e queimar todo o lixo de ontem. Feita esta pergunta - que estou certo toda pessoa refletida e séria há de fazer - por onde começaremos? Pela alteração do mundo burocrático, da estrutura social, isto é, exteriormente? Ou devemos começar interiormente - psicologicamente? Considerando o mundo externo, com seu saber tecnológico, as maravilhas que o homem tem realizado no campo científico - devemos começar aí, e aí promover uma revolução? Ora, o homem já tentou isso. Já se disse que, alterando-se radicalmente as coisas externas, como o fizeram todas as revoluções sangrentas da História, o homem, o ser humano mudará e será feliz. Os comunistas e outros revolucionários têm dito: "Estabeleça-se a ordem externamente, e haverá ordem interior". Dizem eles que a falta de ordem interior é sem importância, pois o importante é termos ordem no mundo exterior - ordem ideológica, uma utopia, por cuja causa já se têm matado milhões de homens.

Comecemos, pois, pelo interior, psicologicamente. Isso não significa deixar a atual ordem social permanecer no mesmo estado de confusão e desordem. Mas, existe divisão em interior e exterior? Ou só há um único movimento, no qual existem o interior e o exterior, não como duas coisas separadas, porém, simplesmente, como movimento? Considero muito importante, para podermos estabelecer não só a comunicação verbal (falando inglês, como língua comum, empregando palavras que todos compreendemos), usar também uma outra espécie de comunicação. Visto que vamos examinar as coisas muito profunda e seriamente, deve haver comunicação tanto no plano verbal, como fora do plano verbal. Deve haver comunhão, e isso significa que todos devemos achar-nos profundamente interessados, para olharmos este problema com zelo e afeição, com o ardoroso intento de compreendê-lo. Assim, é necessária não só a comunicação verbal, mas também uma profunda comunhão, na qual não entra a questão de concordar ou discordar. Concordância e discordância são coisas que nunca deverão surgir aqui, visto que não estamos tratando de idéias, opiniões, conceitos ou ideais; estamos interessados no problema da transformação humana. E, a esse respeito, nem a vossa opinião, nem a minha opinião tem valor nenhum. Se dizeis que é impossível alterar os entes humanos, que são como são há milhares de anos, já fechastes o caminho a vós mesmo, não podeis prosseguir, não podeis investigar e explorar. Ou, se meramente dizeis que é possível, ficareis vivendo num mundo de possibilidades, e não de realidades.

Temos, pois, de entrar nesta questão sem dizermos que é possível ou não é possível a mudança. Devemos começar com uma mente renovada, com o ardente empenho de descobrir, com vigor suficiente para examinar e explorar. Não só deve estabelecer-se uma comunicação verbal bem clara, mas também a comunhão entre o orador e vós, um sentimento amigável e afetuoso, o qual sempre existe quando todos estão sumamente interessados numa coisa. Quando o marido e a esposa estão profundamente interessados nos seus filhos, deixam de parte todas as opiniões, seus particulares gostos e aversões, porque o que lhes interessa é a criança. Nesse interesse há grande afeição; não é uma opinião que controla a ação. De modo idêntico, deve haver aquele estado de íntima comunhão entre vós e o orador, pois assim estaremos todos enfrentando o mesmo problema, simultaneamente, com igual intensidade. Há então possibilidade de estabelecer-se aquela comunhão que, só ela, pode criar uma profunda compreensão.

Temos, pois, esta questão, se a mente, tão condicionada como está, pode mudar radicalmente. Espero estejais fazendo a vós mesmo esta pergunta, porque, a menos que haja uma moralidade que não seja a moralidade social; a menos que haja uma austeridade que não seja a austeridade do sacerdote, com sua aspereza e violência; a menos que haja profunda ordem interior, a busca da verdade, da realidade, de Deus - ou o nome que lhe quiserdes dar - não tem significação nenhuma. Talvez aqueles de vós que vieram aqui com o fim de "realizar" Deus ou ter uma certa experiência misteriosa fiquem desapontados; porque, se vos faltar uma mente nova, uma mente pura, olhos capazes de enxergar o verdadeiro, nenhuma possibilidade tereis de compreender o imensurável, o indenominável, o que é.

Se meramente desejais experiências mais amplas e profundas, mas estais levando uma vida sem valor nem significação, tereis experiências que nada valerão. Nós temos de examinar esta questão juntos; vós a achareis muito complexa, porque nela estão envolvidas muitas coisas. Para compreendê-la, necessita-se de liberdade e energia; destas duas coisas necessitamos todos nós: uma enorme energia e liberdade para observar. Se estais vinculado a determinada crença, a uma utopia ideológica, então evidentemente não estais livre para observar.

Existe essa mente complexa, condicionada como católica ou protestante, desejosa de segurança, escravizada à ambição e à tradição. Para a mente que se tornou superficial, exceto no campo tecnológico, a ida à Lua é um feito maravilhoso. Mas os que construíram a nave espacial estão vivendo vidas vazias, vulgares, são ciumentos, ansiosos, ambiciosos, e suas mentes estão condicionadas. Estamos perguntando se tais pessoas podem ficar completamente livres de todo o seu condicionamento, de modo que possam viver uma vida de qualidade totalmente diferente. Para se descobrir isso, faz-se mister liberdade para observar, não como cristão, hinduísta, holandês, alemão, russo, o que quer que seja. Para se observar com total clareza, necessita-se de liberdade, e isso implica que a própria observação é ação. Essa própria observação opera uma revolução radical. Para serdes capaz de uma tal observação, necessitais de muita energia.

Vamos, pois, averiguar porque é que os entes humanos não possuem a energia, o impulso, o ardor, necessários à mudança. Eles têm toda a energia que é necessária para brigarem, para matarem uns aos outros, para dividirem o mundo, irem à Lua; para essas coisas não lhes falta energia. Mas, aparentemente, não dispõem de suficiente energia para se transformarem radicalmente. Por isso, estamos perguntando por que razão não possuímos essa indispensável energia.

Não sei qual é a vossa reação ao vos ser feita uma pergunta dessas. Dissemos que o homem tem suficiente energia para odiar; quando rebenta uma guerra, ele luta, e quando deseja fugir da realidade, tem energia suficiente para fazê-lo por meio das idéias, dos divertimentos, dos deuses, da bebida. Quando deseja prazer, sexual ou outro, aplica-se a obtê-lo com enorme energia. Ele possui inteligência para dominar o ambiente físico, energia para viver no fundo do mar ou no espaço; para isso tem a necessária energia vital. Mas, ao que parece, não tem suficiente energia para mudar, sequer, o hábito mais insignificante. Porquê? Porque dissipa sua energia em conflito interior. Não estamos procurando persuadir-vos de nada, não estamos fazendo propaganda, não queremos substituir idéias velhas por novas. Estamos tentando descobrir, compreender.

Nós percebemos que precisamos mudar. Consideremos, por exemplo, a violência, a brutalidade: dois fatos. Os entes humanos são brutais e violentos; edificaram uma sociedade violenta, apesar de todos os mandamentos da religião para amarmos o nosso próximo, amarmos a Deus. Tudo isso são meras idéias, não tem nenhum valor, porque o homem continua brutal, violento e egoísta. E, sendo violento, ele inventa o oposto: a não violência. Por favor, penetrai nisso junto comigo.

O homem está sempre tentando tornar-se não violento. Por isso, há conflito entre o que é - a violência - e o que deveria ser - a não violência. Há conflito entre ambas as coisas. Esse conflito é a verdadeira essência do desperdício de energia. Enquanto existir a dualidade representada pelo que é e o que deveria ser - o homem tentando tornar-se diferente, esforçando-se por alcançar o que "deveria ser" - esse conflito será um desperdício de energia. Enquanto houver conflito entre os opostos, o homem não terá energia suficiente para mudar. Porque devo ter o oposto: a não violência, o ideal? O ideal não é real, não tem significação, só conduz à hipocrisia, sob várias formas - ser violento e fingir-se não violento. Ou, se dizeis que sois um idealista e que, oportunamente, vos tornareis pacífico, isso é um ótimo subterfúgio, um pretexto, porque precisais de muitos anos para vos tornardes não violento; em verdade, isso talvez nunca aconteça. No ínterim, sereis hipócrita e continuareis violento. Assim, se pudermos - não abstratamente, porém realmente - afastar por inteiro todos os ideais e nos aplicarmos exclusivamente ao fato - a violência - não haverá desperdício de energia. É, com efeito, importantíssimo compreender isso, que não é uma teoria pessoal do orador. Enquanto o homem estiver vivendo na galeria dos opostos, estará desperdiçando energia e, por conseguinte, jamais poderá mudar.

Assim, com um sopro poderíeis varrer todas as ideologias, todos os opostos. Tende a bondade de examinar e de compreender isto, e vereis acontecer uma coisa maravilhosa. Se um homem, sentindo cólera, finge ou tenta não estar encolerizado, nisso há conflito. Mas, se ele diz: "Quero observar o que é a cólera, sem dela fugir nem tentar racionalizá-la", há então suficiente energia para compreender e pôr fim à cólera. Se meramente concebemos uma idéia de que a mente deve ser livre de condicionamento, continuará a existir uma dualidade entre o fato e o que "deveria ser", por conseguinte, um desperdício de energia. Mas, se dissentes: "Quero descobrir de que maneira a mente está condicionada" - isso então é como recorrer ao cirurgião quando se sofre de câncer. O que interessa ao cirurgião é operar e remover o mal. Mas, se o paciente está pensando no alívio que irá ter depois, ou se está com medo da operação, isso é desperdício de energia.

O que nos interessa é só o fato de que a mente está condicionada, e não que a mente "deve ser livre". Se a mente não está condicionada, é livre. Portanto, vamos verificar, examinar muito atentamente o que é que faz a mente tão condicionada, quais as influências causadoras desse condicionamento, e por que razão o aceitamos. Em primeiro lugar, a tradição tem um importante papel em nossa vida. Graças a ela, o cérebro se desenvolveu tanto que tem a possibilidade de achar a segurança física. Não se pode viver sem segurança; esta é a primeira, a principal necessidade animal: segurança física; precisamos de teto, de comida, de roupa. Mas a maneira como, psicologicamente, nos servimos dessa necessidade de segurança, produz caos, interior e exterior. A psique, que é a própria estrutura do pensamento, também quer ter segurança interior em todas as suas relações. Começa aí a tormenta. Deve haver segurança física para todos, e não apenas para uns poucos; mas essa "segurança física para todos" é negada quando se busca a segurança psicológica, nas nações, nas religiões, na família. Espero estejais compreendendo, e que tenhamos estabelecido um certo estado de comunicação entre nós.

Há, pois, o condicionamento necessário a buscar a segurança física; mas, quando há a busca e a exigência de segurança psicológica, torna-se então sobremodo potente o condicionamento. Isto é, psicologicamente, em nossas relações com idéias, pessoas e coisas, desejamos a segurança; mas, existe alguma segurança em qualquer relação que seja? Claro que não existe. Desejar a segurança, psicologicamente, é negar a segurança externa. Se desejo estar psicologicamente em segurança, como hinduísta, com todas as tradições, superstições e idéias do hinduísmo, estou-me identificando com o que é maior do que eu, e isso me proporciona grande conforto. Adoro a bandeira, a nação, a tribo, e me separo do resto do mundo. E, evidentemente, essa divisão acarreta a insegurança física. Ao render culto à nação, aos costumes, aos dogmas religiosos, às superstições, estou-me isolando dentro dessas categorias e, assim, obviamente, tenho de negar a "segurança física para todos". O ente humano necessita de segurança física, a qual é negada quando ele busca a segurança psicológica. Isto é um fato, e não uma opinião. Quando busco a segurança em minha família, minha mulher, meus filhos, minha casa, tenho de me opor ao mundo; tenho de separar-me das outras famílias, ficar contra o resto do mundo.

Pode-se ver muito claramente como tem início o condicionamento, como, no mundo cristão, dois mil anos de propaganda levaram à veneração da cultura cristã, enquanto a mesma coisa sucede no Oriente. É assim que a mente, em virtude da propaganda, da tradição, do desejo de segurança, começa a condicionar a si própria. Mas psicologicamente, existe realmente alguma segurança na relação com idéias, pessoas e coisas?

Se "relações" significa estar em contato direto com as coisas, nesse caso, se não estais em contato não estais em relação. Se tenho uma idéia, uma imagem a respeito de minha mulher, não estou em relação com ela. Posso dormir com ela, mas com ela não estou em relação, porque a imagem que dela tenho me impede de entrar diretamente em contato com ela. E ela, por sua vez, com sua imagem de mim, impede a relação direta comigo. Existe essa tal certeza e segurança psicológica que a mente está sempre a buscar? Observando-se com atenção qualquer relação, pode-se ver claramente que não existe certeza nenhuma. No caso do marido e mulher ou do rapaz e da moça que desejam estabelecer uma relação firme, que acontece? Quando a mulher ou o marido olha para outra pessoa, há medo, ciúme, ansiedade, raiva e ódio; não há uma relação permanente. Entretanto, a mente quer ter sempre o sentimento de pertencer.

Aí temos, pois, o fator do condicionamento, pela propaganda, pelos jornais, revistas, do alto dos púlpitos; e percebemos, assim, com meridiana clareza, o quanto é necessário não depender das influências exteriores. Descobrireis então quanto importa não vos deixardes influenciar. Prestai atenção: Quando ledes um jornal, estais sendo influenciado, consciente ou inconsciente. Ao lerdes um romance ou um livro, estais sendo influenciado; há pressão, tensão, para pordes o que ledes numa certa categoria. Tal é a verdadeira finalidade da propaganda. Ela começa na escola, e a pessoa atravessa toda a vida repetindo o que outros disseram. Vós sois, por conseguinte, entes humanos de segunda mão. Como pode um ente humano de segunda mão descobrir o que é original, o que é verdadeiro? Muito importa compreender o que é condicionamento, e examinar esta questão com muita profundidade; examinando-a, adquirireis a energia necessária para despedaçar todos os condicionamentos que estão escravizados a vossa mente.

Krishnamurti - O vôo da águia - ICK - Amsterdã - 3/5/1969

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