sábado, 30 de julho de 2011

Sobre a neurose

A neurose oferece uma extraordinária impressão de segurança. O homem que crê é neurótico, e neurótico é também o que adora uma imagem. Nestas neuroses encontra-se muita segurança. E a segurança não faz operar-se uma radical revolução em nós mesmos. Para realizá-la, cumpre observar sem escolha, sem nenhuma deformação causada pelo desejo, pelo prazer ou pelo medo. Temos de observar o que realmente somos, sem nenhuma espécie de fuga. E não deis nome ao que vedes: Observai-o, apenas! Tereis então a paixão, a energia necessária ao observar, e nesse observar verifica-se uma extraordinária transformação.

Krishnamurti - Fora da Violência - Ed. Cultrix

Sobre a neurose

A neurose oferece uma extraordinária impressão de segurança. O homem que crê é neurótico, e neurótico é também o que adora uma imagem. Nestas neuroses encontra-se muita segurança. E a segurança não faz operar-se uma radical revolução em nós mesmos. Para realizá-la, cumpre observar sem escolha, sem nenhuma deformação causada pelo desejo, pelo prazer ou pelo medo. Temos de observar o que realmente somos, sem nenhuma espécie de fuga. E não deis nome ao que vedes: Observai-o, apenas! Tereis então a paixão, a energia necessária ao observar, e nesse observar verifica-se uma extraordinária transformação.

Krishnamurti - Fora da Violência - Ed. Cultrix

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que acontece quando você perde uma pessoa por morte?

O que acontece quando você perde uma pessoa por morte? A reação imediata é um sentimento de paralisia, e quando se sai desse estado de choque, existe aquilo que chamamos sofrimento. Agora, o que significa essa palavra? Sua companhia, as palavras confortantes, os passeios, as muitas coisas boas que você fez e esperava ainda fazer, juntos – tudo que isto lhe é tirado em segundos, e você é deixado vazio, nu, e solitário. É isso que incomoda, e contra isso é o que a mente se rebela: ser repentinamente abandonada, totalmente sozinha, deixada sem qualquer apoio. Agora, o que importa é viver com esse vazio, justamente isso, viver com ele sem nenhuma reação, sem racionalizar, sem fugir por meios de médiuns, por teorias de reencarnação e toda essa bobagem estúpida, e viver isso com todo seu ser. E se você for passo a passo, notará que existe um fim no sofrimento – um final real, não só um final verbal, não, o final superficial que vem por fuga, por identificação com um conceito, ou compromisso com uma idéia. Então você notará que nada existe onde se proteger, porque a mente está completamente vazia, já não está reagindo, no sentido de tentar preencher esse vazio, então, todo sofrimento terá chegado ao fim, e terá início outra viagem – uma viagem que não tem fim e nem começo. Existe uma imensidão que está além de toda medida, mas você não pode entrar neste mundo sem a eliminação total do sofrimento.

Krishnamurti – O Livro da Vida

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não importa se você morrer por isso



" Não importa se você morrer por isso "

Nesta série de diálogos, muitas perguntas e comentários dos estudantes são revigorososamente diretas e francas. Há um tremendo sentimento de afeição enquanto Krishnamurti explora suas perguntas de maneira relacionada com as próprias vidas das crianças.

Eles falam sobre inteligência, segurança, meditação e concentração, o valor da educação e aprendizado, e até sobre Deus. Embora negando ser o professor, Krishnamurti mostra a qualidade do verdadeiro ensinar -- o relacionamento entre o educador e o estudante. Freqüentemente, ao final da discussão, ele convida os estudantes a sentar-se com ele, em silêncio, por alguns minutos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Diálogos com Estudantes

Nesta série de diálogos, muitas perguntas e comentários dos estudantes são revigorososamente diretas e francas. Há um tremendo sentimento de afeição enquanto Krishnamurti explora suas perguntas de maneira relacionada com as próprias vidas das crianças.

Eles falam sobre inteligência, segurança, meditação e concentração, o valor da educação e aprendizado, e até sobre Deus. Embora negando ser o professor, Krishnamurti mostra a qualidade do verdadeiro ensinar -- o relacionamento entre o educador e o estudante. Freqüentemente, ao final da discussão, ele convida os estudantes a sentar-se com ele, em silêncio, por alguns minutos.

domingo, 24 de julho de 2011

Só o indivíduo pode mudar


Apenas o indivíduo pode mudar, não a massa; você pode mudar; sendo assim, o indivíduo é de uma importância infinita. Eu sei que é moda falar sobre grupos, massa, raça, como se o indivíduo não tivesse importância alguma; mas em qualquer ação criativa o importante é o indivíduo. Qualquer ação verdadeira, qualquer decisão importante, a busca da liberdade, a pesquisa sobre a verdade, só pode partir do indivíduo que compreende... O indivíduo não pode derrubar a montanha, mas pode estabelecer uma nova corrente de pensamento que criará uma série de ações originais. Ele não pode fazer nada acerca das condições do mundo, pois os eventos históricos têm de seguir seu curso brutal, cruel e indiferente. Mas se meia dúzia de pessoas pensasse mesmo sobre o problema como um todo, elas colocariam em marcha tanto atitudes quanto ações diferentes; por isso o indivíduo é tão importante. Mas se ele quer reformar a enorme confusão, a montanha de desintegração, ele pode fazer bem pouco; na verdade, como vem sendo mostrado, ele não pode exercer influência alguma sobre essa questão. Mas se qualquer um de nós for verdadeiramente individual no sentido de estar tentando compreender todo o processo da mente, então ela será uma entidade criativa, uma pessoa livre, não condicionada, capaz de perseguir a verdade por si mesma, e não ficar buscando resultados.

Krishnamurti - Sobre a Verdade - Cultrix

sábado, 23 de julho de 2011

Sobre a real transformação

Todas as coisas se transformam, todas as relações se transformam, cada dia é um dia novo. Se for capaz de compreender o novo dia, se estou morto completamente para “ontem”, que já é “coisa velha”, morto para todas as coisas que aprendi, que adquiri, que experimentei e compreendi, há então revolução em cada momento que vem, e há transformação. Mas o morrer para ontem não é atividade da mente. A mente não pode morrer por força de uma determinação, de evolução, de um ato da vontade. Se antes reconhecer a verdade de que não pode produzir transformação alguma por ação da vontade, ou por meio de uma determinada conclusão ou compulsão, -- e o que se produz por essa maneira é apenas uma continuidade, um resultado “modificado” e não uma revolução radical; se a mente estiver silenciosa, por uns poucos segundos apenas, para apreender a verdade dessa acessão, vereis, então, acontecer uma coisa extraordinária, independentemente de vos mesmo e da vossa mente. Ocorre então, interiormente, uma transformação, sem nenhuma interferência da mente, que é pensamento condicionado. É um extraordinário estado mental, esse em que não existe “experimentador” e não existe “experiência” (...) Esta revolução total é a única coisa que pode trazer paz ao mundo. O importante, pois é a compreensão da mente, e não do método de operar a transformação de si mesmo e, conseqüentemente, a transformação do mundo. O próprio processo da compreensão do problema produz uma transformação, independente de vós mesmo.(...) A verdade é que traz a revolução, e não a mente sagaz, a mente que calcula.

Krishnamurti - As Ilusões da Mente

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Através da parte nunca se encontra o todo

Só os indivíduos amadurecidos encontrarão a Verdade. Aquele que alcançou a madureza não segue caminho algum, seja o caminho dos Adeptos, seja o caminho do saber, da ciência, do devotamento ou da ação. O homem que foi posto num determinado caminho, não está amadurecido e não encontrará, jamais, o Eterno, o atemporal... Aqueles de nós que estão seguindo determinados caminhos, tem interesses adquiridos, interesses mentais, emocionais e físicos, e esta é a razão porque achamos tão difícil o amadurecer; como nos será possível abandonar aquilo que estamos apegados há cinqüenta ou sessenta anos?... Mas, vós vos entregastes a uma organização, da qual sois presidente, secretário ou simples membro... O homem que se entregou a um determinado caminho ou norma de ação, está preso a sistemas, e não encontrará a Verdade. Através da parte nunca se encontra o todo. Através de uma estreita fenda da janela, não podemos ver o céu, o céu maravilhoso e brilhante, e só pode ver com clareza o céu o homem que está de fora, longe de todos os caminhos, de todas as tradições, e nesse homem há esperanças...

Krishnamurti - Uma Nova Maneira de Viver

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Revolução interior

Uma revolução em toda a psique do homem não é realizável por meio da vontade, que é desejo, determinação, por meio de um plano de vida conducente à paz. Ela só é possível quando o cérebro pode estar quieto e ao mesmo tempo ativo, para observar sem criar imagens de acordo com sua experiência, conhecimentos e prazer. A paz é essencial, porque só na paz pode o indivíduo florescer em bondade e beleza. Essa possibilidade só existe quando somos capazes de escutar o todo da existência, com todas as suas agitações, aflições, confusão e angústias - escutá-lo, simplesmente, sem nenhum desejo de alterá-lo. O próprio ato de escutar é a ação que operará a revolução.

Krishnamurti - Encontro com o eterno - ICK

terça-feira, 19 de julho de 2011

Felicidade

Eu realizei aquilo que para mim é a suprema felicidade - não a oriunda do prazer, mas a que promana dessa quietude interior que é a segurança da tranqüilidade, a realização da inteireza. Em tal estado não existe progresso, mas sim realização continua, na qual todos os problemas, toda as complexidades se esvaecem. Essa verdade, essa integridade interna, existe em todas as coisas; em todo o ser humano; e essa realidade interna jamais está ausente no que é mínimo como também jamais se exaure no que é Maximo.

KRISHNAMURTI - Senhor do Dia de Amanhã

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sobre a liberdade

null
Para assistir com legendas, visite: http://www.jkrishnamurti.org/pt/

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Meditação

Uma mente torturada, frustrada, moldada pelo que a rodeia, que se conforma à moral social estabelecida é, em si própria, confusa; e uma mente confusa não pode descobrir o que é a Verdade. Para a mente descobrir esse estranho mistério — se tal coisa existe — ela precisa de construir as bases de uma conduta moral, o que não tem nada a ver com a moralidade social, uma conduta sem medos e, portanto, livre. Só então — depois de lançada esta base profunda — a mente poderá prosseguir no sentido de descobrir o que é meditação, essa qualidade de silêncio, de observação, no qual o "observador" não existe. Se esta base de conduta correta não está presente na existência de cada um, na sua ação, então a meditação tem muito pouco significado.

Autor: KRISHNAMURTI

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O real motivo da crença

A crença se torna existente quando há o medo. Um homem crê em Deus porque, em si próprio, se acha totalmente incerto. Dada a impermanência das coisas da vida - não há certeza, não há segurança, não há consolação para a nossa imensa tristeza - o pensamento "projeta" uma certa coisa com o atributo de permanência, uma coisa chamada Deus, na qual a mente humana busca conforto. Mas, essa coisa não é a Verdade. A Verdade é algo que só pode ser descoberto se não há medo.

Krishnamurti - Fora da Violência - Ed. Cultrix

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Uma felicidade que não é da mente

Podemos nos tornar mais refinados, sutis, detalhistas, mudar nossos prazeres, mas no centro de tudo isso, existe o "eu" – o “eu", que está desfrutando, e que quer mais felicidade, o "eu", que procura, anseia ardentemente a felicidade, o “eu", que luta, o “eu", que se torna mais e mais refinado, que nunca quer chegar a um fim. É apenas quando o "eu", em todas as formas sutis chega ao fim de que existe um estado de êxtase, que depois não pode ser procurado, um êxtase, uma verdadeira alegria, sem dor, sem corrupção... Quando a mente vai além do pensamento, do "eu", do experimentador, do observador, do pensador, então existe a possibilidade de uma felicidade que é incorruptível. Essa felicidade não pode ser permanente, no sentido em que nós usamos essa palavra. Mas, a nossa mente está buscando uma felicidade permanente, algo que vá durar, que vá continuar. Esse desejo de continuidade é corrupção. Se pudermos entender o processo da vida, sem condenar, sem dizer que é certo ou errado, então eu penso, que vem a felicidade criadora que não está no "eu" ou no "meu”. Esta felicidade criadora é como a luz do sol. Se você quiser manter o sol para si mesmo, ele não se mantém por muito tempo dando vida e calor. Da mesma forma, se desejar felicidade porque está sofrendo, ou porque perdeu alguém, ou porque não é bem sucedido, então isso é apenas uma reação. Mas, quando a mente pode ir mais além, existe uma felicidade que não é da mente”.

Autor: Krishnamurti - O Livro da Vida

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A dualidade entre o eu e o não eu



Um fragmento do encontro entre Krishnamurti e Eugene Schallert, padre Jesuíta. Neste fragmento fazem uma interessante investigação acerca da dualidade do ser humano, da bondade e da transformação do homem.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Individualidade

Ser indivíduo é ser único, interiormente distinto, tranqüilo, só. A mente que está só encontra-se liberta de todo o seu condicionamento. E qual a sua relação com a mente que se acha condicionada? Qual a relação de uma mente que é livre, com outra que não o é? Pode haver relação entre elas? Se vocês vêem e eu não vejo, que relação há entre nós? Podem me ajudar, me guiar, me dizer isto, aquilo ou aquilo outro; mas só pode haver entre nós um estado de relação, no exato sentido da palavra, quando ambos vemos, isto é, quando podemos comungar imediatamente, no mesmo nível e ao mesmo tempo. Só então, por certo, há possibilidade de comunhão — que é amor, vocês não acham?

Autor: Krishnamurti - Experimente um novo caminho - ICK
Ser indivíduo é ser único, interiormente distinto, tranqüilo, só. A mente que está só encontra-se liberta de todo o seu condicionamento. E qual a sua relação com a mente que se acha condicionada? Qual a relação de uma mente que é livre, com outra que não o é? Pode haver relação entre elas? Se vocês vêem e eu não vejo, que relação há entre nós? Podem me ajudar, me guiar, me dizer isto, aquilo ou aquilo outro; mas só pode haver entre nós um estado de relação, no exato sentido da palavra, quando ambos vemos, isto é, quando podemos comungar imediatamente, no mesmo nível e ao mesmo tempo. Só então, por certo, há possibilidade de comunhão — que é amor, vocês não acham?

Autor: Krishnamurti - Experimente um novo caminho - ICK

Participe do nosso grupo no Facebook

Participe do nosso grupo no Facebook
Grupo Jiddu Krishnamurti
Related Posts with Thumbnails

Vídeos para nossa luz interior

This div will be replaced