sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nós realmente desejamos a ordem?

E existe um momento em que a morte deixa de causar medo e a vida já não seja uma batalha? E pode haver um tal momento de parada de tempo e total suspensão do pensamento? Esse momento existe: é o amor.
Sem o amor, não importa o que se faça - podeis construir maravilhosos edifícios, ir à Lua, extinguir a pobreza, acabar com as guerras porque não são lucrativas - não importa  o que se faça, sem o amor não pode haver a ordem. Mas nós não desejamos a ordem. Já vivemos tantos séculos nesta desordem que tememos a ordem. Se desejamos a ordem, que é a paz, temos de viver pacificamente. Isso significa não ter nacionalidade, nem crença, nem dogma, nem competição, nem divisões entre os seres humanos.
Mas nós não desejamos nada disso, porque já estamos acostumados a viver batalhando. E dizemos que, sem luta, não podemos progredir, não podemos manter-nos ativos. Preferimos ficar agarrados ao "conhecido", ainda que gerador de desordem, de caos, de aflição, a promover a ordem e a paz.

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