segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nada novo em conhecimentos, ideias sobre ideias, sobre ideias


Certamente, um homem que está compreendendo a vida não possui crenças. Um homem que ama, não possui crenças - ele ama. O homem que está consumido pelo intelecto é que possui crenças, porque o intelecto está sempre buscando segurança, proteção; está sempre evitando o perigo, e portanto constrói idéias, crenças, ideais, atrás dos quais ele pode obter abrigo. O que aconteceria se você lidasse com a violência diretamente, agora? Você seria um perigo para a sociedade; e em razão da mente prever o perigo, ela diz "Eu alcançarei o ideal da não-violência daqui há dez anos" - o que é uma tamanha ficção, um processo falso... Compreender "o que é", é mais importante do que criar e seguir ideais porque eles são falsos, e "o que é" é real. Compreender "o que é" requer uma enorme capacidade, uma mente ativa e sem pré-conceitos. Por não querermos encarar e compreender "o que é" é que inventamos as várias formas de fugas e damos à elas nomes atraentes como ideal, crença, Deus. Certamente, é somente quando vemos o falso como falso que a mente é capaz de perceber o que é real. Uma mente que se encontra emaranhada no falso, nunca pode encontrar a verdade. Portanto, devo compreender aquilo que é falso nas minhas relações, nas minha idéias, nas coisas sobre mim, porque perceber a verdade exige a compreensão disso. Sem remover as causas da ignorância, não pode haver esclarecimento; e buscar o esclarecimento quando a mente não está esclarecida, absolutamente vazia é sem sentido. Conseqüentemente, devo começar a descobrir aquilo que é falso nas minhas relações com as idéias, com as pessoas, com as coisas. Quando a mente percebe o que é falso, então aquilo que é real se manifesta e então há o êxtase, há felicidade.
Krishnamurti

Vendo-se o que está se passando no mundo, e principalmente neste país, parece-me que o que se faz necessário é uma revolução total de consciência. E não será possível tal revolução, se permanecermos insensatamente apegados a crenças, idéias e conceitos. Não encontraremos saída de nossa confusão, angústia, conflito, pela constante repetição do Gita, do Upanishads e demais livros sagrados; isso poderá levar à hipocrisia, a uma vida de insinceridade, de interminável pregação moral, porém nunca a enfrentar realidades. O que nos cumpre fazer é, segundo me parece, tornar-nos cônscios das condições de nossa existência diária, de nossos infortúnios, nossas angústias, nossa confusão e conflito, e tratar de compreendê-los tão profundamente que possamos lançar uma base adequada, para começar. Não há outra solução. Temos de enfrentar-nos assim como somos e não como deveríamos ser, segundo um certo padrão ou ideal. Temos de ver realmente o que somos e, daí, iniciar a transformação radical.
Krishnamurti - O Despertar da Sensibilidade - ICK


Não citeis ninguém. Viver das idéias de outros é uma das coisas mais terríveis que se podem fazer. Idéias não são a verdade
Krishnamurti - Fora da Violência - Ed. Cultrix


Procuramos felicidade através das coisas, pelas relações, por meio de pensamentos e idéias. Assim as coisas, as relações e idéias tornam-se todas importantes, e não a Felicidade. Quando se procura felicidade através de alguma coisa, então, a coisa torna-se de valor superior a própria felicidade. Quando apresentado desta forma o problema parece simples e é simples. Procuramos felicidade na propriedade, na família, no nome e então, a propriedade, a família, a idéia torna-se todas importantíssimas, mas sendo a felicidade procurada por um algum meio, o meio destrói o fim. A felicidade pode ser achada por algum meio qualquer, através de qualquer coisa feita pela mão ou pela mente? As coisas, as relações e idéias são claramente não-permanentes, estamos sempre insatisfeitos com elas. As coisas são impermanentes, se acabam e são perdidas; o relacionamento é um constante atrito e a morte é o fim; idéias e convicções não têm nenhuma estabilidade, não são permanentes. Procuramos felicidade nisso e ainda não percebemos sua impermanencia. Portanto, o sofrimento se torna nossa constante companheira superando nosso problema. Para descobrir o verdadeiro sentido da felicidade, temos de explorar o rioa do autoconhecimento. Autoconhecimento não é um fim em si mesmo. Existe a fonte deste rio? Cada gota de água do seu início até o fim é que faz o rio. Imaginar que acharemos felicidade na fonte é um equivoco. Ela se encontra onde você está no rio do autoconhecimento.
Krishnamurti - O Livro da Vida

Não sei se vocês têm observado que uma grande parte do intelecto interfere em nossa vida. Os jornais, as revistas, tudo atua sobre nós nos cultivando a razão. Não que eu seja contra a razão. Pelo contrário, é preciso ter a capacidade de raciocinar precisamente de forma muito clara. Mas, se você observar você verá que o intelecto está perpetuamente analisando, por que é que uma pessoa deve ou não pertencer a algo, por que é preciso ser o desconhecido* para achar realidade, e outras coisas mais. Temos aprendido o processo de análise de nós mesmos. Portanto, existe o intelecto com a sua capacidade para investigar, de analisar, de raciocinar e chegar a conclusões, e há a percepção, percepção pura, que está sempre sendo interrompida, colorida pelo intelecto. E quando o intelecto interfere na percepção pura, esta interferência faz com que se desenvolva uma mente medíocre. De um lado, temos intelecto, com a sua capacidade de raciocinar com base em seu gostar e não gostar, de acordo com o seu condicionamento, em função de sua experiência e conhecimentos, e do por outro lado, temos a percepção, que é corrompida pela sociedade, pelo medo. E estes dois revelarão o que é a verdade? Ou existe apenas o discernimento, e nada mais?
Krishnamurti – O Livro da Vida


Não sei se você tem considerado a natureza do intelecto. O intelecto e as suas atividades estão sempre no mesmo nível, não? Mas, quando o intelecto interfere na percepção pura, acontece a mediocridade. Conhecer a função do intelecto, e ser consciente desta percepção pura, sem deixar os dois misturados se destruírem um ao outro, requer uma consciência muito clara e nítida . Assim, a função do intelecto é sempre, não é, investigar, analisar, procurar exteriormente, mas, por querermos estar seguros interiormente, psicologicamente, por estamos receosos, ansiosos na vida, chegamos a algum tipo de conclusão com que já estávamos comprometidos. De um compromisso avançamos para outro, e eu digo que essa mente, tal intelecto sendo escravizada a uma conclusão, cessou de pensar, de investigar.
Krishnamurti – O Livro da Vida


Em nossa busca por conhecimento, em nossos desejos de conquista, nós perdemos o amor, ficamos cegos à percepção da beleza, a sensibilidade para a crueldade, nos tornado cada vez mais especializado, e cada vez menos integrado. A sabedoria não pode ser substituída pelo conhecimento, e nenhuma quantidade de explicações, nenhuma acumulação de fatos, libertará homem do sofrimento. O conhecimento é necessário, ciência tem seu lugar, mas se a mente e coração são sufocados pelo conhecimento, e se a causa de sofrimento é justificada, a vida torna-se vã e sem sentido, a informação, o conhecimento dos fatos, embora sempre crescente, é por sua natureza muito limitada. A sabedoria é infinita, inclui conhecimento e a forma de ação, mas tomamos, seguramos um ramo e pensamos que é a árvore inteira. Pelo conhecimento da parte, nós nunca podemos compreender a alegria do todo. O intelecto nunca pode levar a totalidade, para é apenas um segmento, uma parte. Nós separamos intelecto da percepção, e temos desenvolvido o intelecto à custa da percepção. Somos como um objeto de três pernas com uma perna muito mais longa que as outras, e nós não temos nenhum equilíbrio. Somos treinados para ser intelectuais, a nossa educação cultiva o intelecto para ser afiado, astuto, cheio de cobiça, e assim ele desempenha o papel mais importante em nossas vida. A inteligência é muito maior que o intelecto, porque é a integração da razão e do amor, mas só pode haver inteligência quando existe autoconhecimento, o entendimento profundo do processo total de si mesmo.
Krishnamurti – O Livro da Vida

Procuramos felicidade através das coisas, pelas relações, por meio de pensamentos e idéias. Assim as coisas, as relações e idéias tornam-se todas importantes, e não a Felicidade. Quando se procura felicidade através de alguma coisa, então, a coisa torna-se de valor superior a própria felicidade. Quando apresentado desta forma o problema parece simples e é simples. Procuramos felicidade na propriedade, na família, no nome e então, a propriedade, a família, a idéia torna-se todas importantíssimas, mas sendo a felicidade procurada por um algum meio, o meio destrói o fim. A felicidade pode ser achada por algum meio qualquer, através de qualquer coisa feita pela mão ou pela mente? As coisas, as relações e idéias são claramente não-permanentes, estamos sempre insatisfeitos com elas. As coisas são impermanentes, se acabam e são perdidas; o relacionamento é um constante atrito e a morte é o fim; idéias e convicções não têm nenhuma estabilidade, não são permanentes. Procuramos felicidade nisso e ainda não percebemos sua impermanencia. Portanto, o sofrimento se torna nossa constante companheira superando nosso problema. Para descobrir o verdadeiro sentido da felicidade, temos de explorar o rioa do autoconhecimento. Autoconhecimento não é um fim em si mesmo. Existe a fonte deste rio? Cada gota de água do seu início até o fim é que faz o rio. Imaginar que acharemos felicidade na fonte é um equivoco. Ela se encontra onde você está no rio do autoconhecimento.
Krishnamurti - O Livro da Vida

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