Para onde forem, verão que as pessoas buscam a felicidade que é permanente, durável e eterna. São, porém, colhidas como peixe na rede – rede má – das coisas transitórias que as rodeiam, pelos aborrecimentos, pelas atrações, antipatias, ódios, despeitos, por todas essas mesquinhas coisas que ligam o homem. É como se estivéssemos em um jardim onde há muitas flores. Cada flor se esforça por expandir-se, por viver e proporcionar seu aroma, mostrar sua beleza, seus desejos, por evidenciar ao mundo seu pleno crescimento. Durante o processo de desabrochar, de conquistar, de expandir-se, perde-se o homem no que é exterior. Surge daí a complicação, e ele tem de distinguir desde o começo o que é essencial, do que não é.
Krishnamurti