A neurose oferece uma extraordinária impressão de segurança. O homem que crê é neurótico, e neurótico é também o que adora uma imagem. Nestas neuroses encontra-se muita segurança. E a segurança não faz operar-se uma radical revolução em nós mesmos. Para realizá-la, cumpre observar sem escolha, sem nenhuma deformação causada pelo desejo, pelo prazer ou pelo medo. Temos de observar o que realmente somos, sem nenhuma espécie de fuga. E não deis nome ao que vedes: Observai-o, apenas! Tereis então a paixão, a energia necessária ao observar, e nesse observar verifica-se uma extraordinária transformação.
Krishnamurti - Fora da Violência - Ed. Cultrix