quinta-feira, 28 de abril de 2011

A mente trivial

Uma mente apaixonada que sonda, busca, que se abre, que jamais se afirma em si mesma, que não aceita tradição alguma, uma mente jovem, como pode surgir à existência? É indispensável que isso ocorra. (É óbvio que uma mente trivial não pode trabalhar nisso. Uma mente trivial que trata de tornar-se apaixonada, tão somente reduzirá tudo a sua própria trivialidade). Isso deve ocorrer, pois, e pode ocorrer somente quando a mente vê sua trivialidade e, sem dúvida, não tenta fazer nada a respeito. Me expresso com clareza? Provavelmente não. Porém, como disse antes, qualquer mente limitada, por veemente que seja, seguirá sendo trivial. Isso é evidente, por certo. Uma mente pequena, ainda que possa ir a Lua, ainda que possa adquirir uma técnica, ainda que possa argumentar e defender-se com habilidade, é uma mente pequena. Portanto, quando a mente pequena diz: “Devo ser apaixonada para fazer algo que valha a pena”, sua paixão será, sem dúvida, muito insignificante, não é assim? Como se encolerizar diante de uma pequena injustiça, ou pensar que todo mundo está mudando por obra de alguma trivialidade, de pequena reforma que, numa insignificante aldeia sem importância, tenha feito uma mente insignificante e sem importância. Se a mente pequena vê tudo isso, então a mesma percepção de que é pequena faz com que toda sua atividade experimente uma mudança. 

OCK - Vol. XI

Autor: Krishnamurti - O Livro da Vida

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